Magdalena Jitrik
[1966, Buenos Aires, Argentina, onde vive e trabalha]

Magdalena Jitrik procede a uma reinterpretação crítica das vanguardas artísticas e revolucionárias do século xx, com cujo programa estético dialoga em cruzamento com as tradições ancestrais maia e asteca. Geometrias enigmáticas transformam-se em volumes flutuantes de arquiteturas inventadas pintadas sobre tela, como no caso das obras apresentadas em Coimbra, ou criadas a partir da trama abstrata de panos tecidos manualmente em juta (de forte simbolismo político e social) e palha de milho (planta sagrada). As suas imagens construtivas são carregadas de contradições visuais devedoras das deformações do processo mnemónico que as orienta. As dimensões sociais e políticas do seu trabalho expandiram-se com o ativismo no Taller Popular de Serigrafia (2002–2007) e têm muitas vezes uma implicação direta na titulação das suas obras e exposições. Árboles é a série-clímax da sua vida revolucionária, na qual tira os quadros do ateliê e os coloca numa árvore.
Espaço expositivo:
Convento de Santa Clara-a-Nova
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